Vim hoje escrever curiosidades e um pouco da história de uma das grandes responsáveis de eu estar onde estou hoje.
Isso a cervejaria Guinness, famosa por sua Irish Dry Stout foi a cerveja que me tirou do mundo das McLagers (ótima expressão que li, só não me lembro onde) e me levou ao mundo das Ales e outras cervejas de real qualidade, que me proporcionou estar aqui hoje compartilhando essa grande cultura com vocês meus amigos.
Muitos podem não saber, mas o
livro Guinness Book, referência para records ao redor do mundo, tem origem
dentro da própria fábrica da tão famosa Guinness. Mas não foi disso que vim
aqui falar diretamente, vim falar sobre as curiosidades e mitos que envolvem a
grande história de um dos líquidos mais apreciados no mundo.
Comecemos por sua história, uma
cervejaria fundada em 1759 por Arthur Guinness em St James Gate em Dublin,
James que em Português significa Thiago. Assim curiosamente o caminho Irlandês
para Santiago de Compostela, pode ser iniciado em St James Gate, inclusive onde
o peregrino pode conseguir seu primeiro selo da peregrinação. Muitos Irlandeses
optam por começar bem seu caminho, logo no começo tomando o fortificante “Pint
of Guinness” ou “Black stuff”.
Voltando agora a história dessa
cerveja, que é muito mais do que isso, é uma tradição e um símbolo nacional,
Arthur quando começou a produção, acreditava tanto em seu produto que resolveu
logo fazer um contrato de locação de 9000 anos, isso mesmo, 9000 anos pagando
45 libras por ano. O contrato original se encontra no coração da fábrica até
hoje, embaixo de uma moldura de vidro, de onde se começa o tour pela fábrica.
St James Gate que já foi a maior cervejaria do mundo (fim do sec XIX com
produção de 1,2 milhão de barris e com 64 acres, 26 hectares). Hoje é a maior
produtora de Stout. O contrato foi encerrado, pois a Guinness comprou a área
original, quatro acres, e muitas das propriedades envolta da fábrica para
abrigar seus funcionários em outra época.
Outra coisa marcante em sua
história são as campanhas publicitárias, essas tão consagradas que acabaram por
criar o Tucano como seu símbolo. Segundo relatos o Tucano surgiu como símbolo
após as campanhas publicitárias entre as décadas de 30 e 40. Onde havia o slogan “"If a Guinness a day is good for you, imagine
what Toucan (two can) do!”. E desde então o Toucan (Tucano) virou personagem da
marca, junto com a harpa de Brian Boru, só que esta virada para esquerda, para
não ser confundida com o brasão de armas Irlandês. Ainda nas ações de marketing
a Guinness é mundialmente conhecida também por suas propagandas, tendo
inclusive um comercial tido como o melhor todos os tempos no Reino Unido. Tal
comercial é sobre um surfista esperando a onda de sua vida o seu reconhecimento
pelo feito, comercial de 1999 e premiado em 2000, para emplacar o slogan “Good
things come to those who wait”. (http://www.youtube.com/watch?v=IYyOxoN-QS0)
O slogan foi criado para
ilustrar os 119.5 segundos, cerca de 2 minutos, necessários para descanso do
líquido no copo durante sua preparação. Tempo que deve ser apreciado e esperado
de fato caso vá apreciar uma Guinness.
Entre várias lendas sobre a
Guinness, existe uma, que nós cervejeiros aceitamos, até por conta de a cerveja
ter todo esse mito do pão líquido, é de que a Guinness se espalhou pela Europa,
ficando mais conhecida, após a Batalha de Waterloo, onde possivelmente a
cerveja foi usada na recuperação de oficiais da cavalaria que foram feridos. Há
quem diga que um Pint de Guinness tem nutrientes suficientes para viver, alguns
falam que banana ou leite seriam os complementos para que esse líquido possa
nos manter vivo. Em meio a esses questionamentos, aparecem relatos de vários
irlandeses que dizem estar fazendo o teste, mas infelizmente ainda não tem
dados concretos para publicar algo a respeito, demandando que continuem seu
experimento de beber esse líquido. Brincadeiras a parte, um fato notável é que
até 2010, se você doasse sangue, ganhava "a pint of guinness" para
recuperar as energias, por suas possíveis concentraçõs de ferro. O que
acabou por a Diageo (detentora da marca) achar que não combinava com as novas
leis irlandesas, que visavam diminuir o limite de álcool no sangue dos
motoristas.
Dentre muitas lendas, mitos e até
verdades, uma se sobressai, os irlandeses são um povo privilegiado por em seu
solo “brotar” esse petróleo dos Deuses.
(texto colaborativo de Igor Reis)
(texto colaborativo de Igor Reis)
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