segunda-feira, 10 de junho de 2013

Muito mais que história. Simplesmente Guinness!

Vim hoje escrever curiosidades e um pouco da história de uma das grandes responsáveis de eu estar onde estou hoje.
Isso a cervejaria Guinness, famosa por sua Irish Dry Stout foi a cerveja que me tirou do mundo das McLagers (ótima expressão que li, só não me lembro onde) e me levou ao mundo das Ales e outras cervejas de real qualidade, que me proporcionou estar aqui hoje compartilhando essa grande cultura com vocês meus amigos.

Muitos podem não saber, mas o livro Guinness Book, referência para records ao redor do mundo, tem origem dentro da própria fábrica da tão famosa Guinness. Mas não foi disso que vim aqui falar diretamente, vim falar sobre as curiosidades e mitos que envolvem a grande história de um dos líquidos mais apreciados no mundo. 

Comecemos por sua história, uma cervejaria fundada em 1759 por Arthur Guinness em St James Gate em Dublin, James que em Português significa Thiago. Assim curiosamente o caminho Irlandês para Santiago de Compostela, pode ser iniciado em St James Gate, inclusive onde o peregrino pode conseguir seu primeiro selo da peregrinação. Muitos Irlandeses optam por começar bem seu caminho, logo no começo tomando o fortificante “Pint of Guinness” ou “Black stuff”.
Voltando agora a história dessa cerveja, que é muito mais do que isso, é uma tradição e um símbolo nacional, Arthur quando começou a produção, acreditava tanto em seu produto que resolveu logo fazer um contrato de locação de 9000 anos, isso mesmo, 9000 anos pagando 45 libras por ano. O contrato original se encontra no coração da fábrica até hoje, embaixo de uma moldura de vidro, de onde se começa o tour pela fábrica. St James Gate que já foi a maior cervejaria do mundo (fim do sec XIX com produção de 1,2 milhão de barris e com 64 acres, 26 hectares). Hoje é a maior produtora de Stout. O contrato foi encerrado, pois a Guinness comprou a área original, quatro acres, e muitas das propriedades envolta da fábrica para abrigar seus funcionários em outra época.

Outra coisa marcante em sua história são as campanhas publicitárias, essas tão consagradas que acabaram por criar o Tucano como seu símbolo. Segundo relatos o Tucano surgiu como símbolo após as campanhas publicitárias entre as décadas de 30 e 40. Onde havia o slogan “"If a Guinness a day is good for you, imagine what Toucan (two can) do!”. E desde então o Toucan (Tucano) virou personagem da marca, junto com a harpa de Brian Boru, só que esta virada para esquerda, para não ser confundida com o brasão de armas Irlandês. Ainda nas ações de marketing a Guinness é mundialmente conhecida também por suas propagandas, tendo inclusive um comercial tido como o melhor todos os tempos no Reino Unido. Tal comercial é sobre um surfista esperando a onda de sua vida o seu reconhecimento pelo feito, comercial de 1999 e premiado em 2000, para emplacar o slogan “Good things come to those who wait”. (http://www.youtube.com/watch?v=IYyOxoN-QS0)
O slogan foi criado para ilustrar os 119.5 segundos, cerca de 2 minutos, necessários para descanso do líquido no copo durante sua preparação. Tempo que deve ser apreciado e esperado de fato caso vá apreciar uma Guinness.

Entre várias lendas sobre a Guinness, existe uma, que nós cervejeiros aceitamos, até por conta de a cerveja ter todo esse mito do pão líquido, é de que a Guinness se espalhou pela Europa, ficando mais conhecida, após a Batalha de Waterloo, onde possivelmente a cerveja foi usada na recuperação de oficiais da cavalaria que foram feridos. Há quem diga que um Pint de Guinness tem nutrientes suficientes para viver, alguns falam que banana ou leite seriam os complementos para que esse líquido possa nos manter vivo. Em meio a esses questionamentos, aparecem relatos de vários irlandeses que dizem estar fazendo o teste, mas infelizmente ainda não tem dados concretos para publicar algo a respeito, demandando que continuem seu experimento de beber esse líquido. Brincadeiras a parte, um fato notável é que até 2010, se você doasse sangue, ganhava "a pint of guinness" para recuperar as energias, por suas possíveis concentraçõs de ferro. O que acabou por a Diageo (detentora da marca) achar que não combinava com as novas leis irlandesas, que visavam diminuir o limite de álcool no sangue dos motoristas.

Dentre muitas lendas, mitos e até verdades, uma se sobressai, os irlandeses são um povo privilegiado por em seu solo “brotar” esse petróleo dos Deuses. 

(texto colaborativo de Igor Reis)

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